Eng. Óscar Jacob Azancot de Menezes
Percursos em prol de Angola e da Ciência
Após 25 anos de prospeção, inventariação botânica e fito-ecológica, reuniu mais de 5000 originais botânicos e mais de 30000 duplicados, arquivados em Herbários de 10 cidades africanas e europeias.
Óscar Jacob Azancot de Menezes, filho de Ayres de Sacramento Menezes e de Aida Ramos Azancot de Menezes, nasceu a 9 de Agosto de 1924, na Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, e casou-se com Etelvina Leitão Gomes Azancot de Menezes.
Enquanto Engenheiro Agrónomo e Investigador desenvolveu actividades de prospecção e inventariação botânica e fito-ecológica em Angola, entre 1960 e 1974, e os seus contributos prestados para o conhecimento da Flora Angolana são considerados de extraordinária importância científica.
Óscar Jacob Azancot de Menezes frequentou e concluiu a Instrução Primária na Escola Primária Pinheiro Chagas, na Chibia, Distrito da Huíla (Angola) e o Liceu Diogo Cão no Lubango – Angola (1935 a 1940), tendo concluído o Curso Geral dos Liceus e o Curso Complementar de Ciências no Liceu Camões em Lisboa (Portugal).
Estudou no Instituto Superior de Agronomia – Universidade Técnica de Lisboa (1943-1948), onde concluiu o curso de licenciatura que lhe conferiu o título de Engenheiro Agrónomo. Com o tirocínio intitulado «Classificação Sistemática das Plantas colectadas no Concelho de Loures», realizado no Gabinete de Botânica do Instituto Superior de Agronomia sob orientação do Professor Catedrático João de Carvalho Vasconcelos, produziu o Relatório final do curso com o título «Subsídios para o Estudo Geobotânico da Zona Ocidental do Concelho de Loures».
De 1944 a 1948, no Instituto Superior de Agronomia, concluiu com aprovação a «Especialidade de Engenheiro Agrónomo Colonial». Para complemento da sua formação estagiou em 1950, no Jardim e Museu Agrícola do Ultramar de Lisboa, sob orientação do Professor José Diogo Sampaio D´Orey, tendo apresentado como relatório do estágio o «Estudo Sistemático das espécies do género Dracaena existentes no Ultramar Português».
De 1951 a 1952 frequentou como aluno voluntário o 1.º ano da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Em Novembro de 1950 foi contratado como Botânico-Ajudante, pelo Jardim e Museu Botânico do Ultramar, durante um período de 6 anos, dedicando-se a estudos e sistemática da Flora Africana em especial da África Ocidental e a ensaios de adaptação de plantas tropicais ao clima temperado. Em 1956 exerceu, interinamente, por 6 meses, as funções de Director do Jardim e Museu Agrícola do Ultramar.
Em Janeiro de 1957, após ter pedido a sua exoneração, regressou a Angola como Administrador de Empresas, tendo exercido essas funções até Abril de 1960, na Empresa «A Comercial e Industrial de Mange, Lda», no Lobito (Angola).
Depois de uma permanência de 4 meses no Instituto de Investigação Científica de Angola (I.I.C.A.), foi contratado em Novembro de 1960, como Engenheiro Agrónomo de 1.ª classe (letra F), pela Junta de Povoamento Agrário de Vale do Bengo.
Em Janeiro de 1962 é requisitado à referida Junta do I.I.C.A. para prestar serviço como Botânico, equiparado a 1.º assistente, tendo em Março do mesmo ano acompanhado a Divisão de Botânica na sua transferência para o Lubango. Em Julho de 1962 é contratado pelo I.I.C.A., como 1.º assistente.
Em Outubro de 1963 é nomeado em comissão eventual de serviço, professor eventual da Escola de Regentes Agrícolas do Tchivinguiro (Angola), cargo que exerceu em acumulação durante vários anos.